A promoção da inclusão social passa, necessariamente, pelo reconhecimento e garantia dos direitos das pessoas com deficiência. Conforme o advogado Aroldo Fernandes da Luz, a legislação brasileira avançou muito nas últimas décadas para proteger esse público e assegurar sua dignidade. A acessibilidade e o respeito às diferenças são princípios fundamentais de uma sociedade democrática. Entretanto, apesar dos marcos legais, os desafios para a efetivação dos direitos ainda persistem no cotidiano.
Por isso, é essencial conhecer esses direitos e cobrar sua plena aplicação. Confira mais informações, a seguir!
O que diz a legislação brasileira sobre os direitos da pessoa com deficiência?
A Constituição Federal de 1988 já previa garantias básicas às pessoas com deficiência, mas foi com o Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015) que houve uma consolidação importante desses direitos. Como explica Aroldo Fernandes da Luz, esse marco legal estabelece diretrizes para a promoção da inclusão em diversas áreas, como educação, saúde, transporte e trabalho. A lei assegura o acesso igualitário a serviços públicos e privados, combatendo práticas discriminatórias.
Além disso, o advogado destaca que o Brasil é signatário da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU, o que reforça a obrigatoriedade de cumprimento dessas normas. O Estatuto também determina que nenhuma pessoa com deficiência deve ser privada de sua capacidade civil, garantindo autonomia e participação social plena. Esse avanço é fruto da mobilização de movimentos sociais e da atuação de juristas comprometidos com os direitos humanos.
Quais são os principais direitos relacionados à acessibilidade?
A acessibilidade é um direito essencial, pois permite que a pessoa com deficiência exerça sua cidadania de forma autônoma e segura. Isso inclui adaptações arquitetônicas, sinalização adequada, tecnologias assistivas e comunicação acessível em todos os espaços. A presença de rampas, elevadores, banheiros adaptados e pisos táteis não é um favor, mas uma exigência legal.

Além do espaço físico, a acessibilidade digital também é um tema central. Sites, aplicativos e plataformas devem seguir padrões que permitam a navegação por pessoas com deficiência visual, auditiva ou motora. Aroldo Fernandes da Luz reforça que a inclusão digital é parte do direito à informação, ao lazer e à educação. Portanto, o respeito à acessibilidade deve estar presente em todas as esferas da vida em sociedade.
Como a inclusão é aplicada no mercado de trabalho e na educação?
No ambiente profissional, a legislação estabelece cotas para empresas com 100 ou mais funcionários contratarem pessoas com deficiência. Essa medida visa combater a exclusão histórica sofrida por esse grupo e promover sua independência financeira. Conforme destacado, as empresas devem adaptar seus ambientes e fornecer condições adequadas para o desempenho das atividades.
Na educação, o direito à inclusão está garantido desde a educação básica até o ensino superior. Instituições de ensino devem oferecer materiais acessíveis, intérpretes de Libras e apoio pedagógico especializado. Conforme aponta Aroldo Fernandes da Luz, a presença da pessoa com deficiência em ambientes educacionais diversos contribui para a formação de uma sociedade mais empática e justa. A inclusão, assim, não é apenas um direito, mas um dever coletivo.
A efetivação dos direitos das pessoas com deficiência é um compromisso legal e moral de toda a sociedade. A inclusão não se limita a leis escritas, mas precisa ser vivida e respeitada no cotidiano. Promover acessibilidade, educação inclusiva e oportunidades de trabalho é fundamental para construir um país mais igualitário. Como ressalta Aroldo Fernandes da Luz, todos têm o dever de colaborar para uma sociedade verdadeiramente acessível.
Autor: James Daves